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Orquestração de Web Services: para que serve?

É inegável que os Web Services trazem em seu bojo uma grande transformação na Internet, com eles torna-se possível que as transações entre empresas aconteçam com grande velocidade e facilidade, isso porque através deles temos acesso a processos remotos utilizando um padrão aberto (XML). Mas, para que possamos implementar estes conceitos nos sistemas de nossas empresas, temos de integrar os novos elementos com o que já temos em funcionamento. Além disso, se pensamos em transações entre empresas com ambientes heterogêneos, plataformas diferentes que podem responder as nossas solicitações em tempos variados, como podemos ter certeza que uma solicitação feita a um Web Service de uma outra empresa, possivelmente em outro pais, que faz diversas operações nos sistemas locais da empresa, retornará com a rapidez desejada? Impossível. Já é difícil prevermos como vai acontecer a integração na nossa empresa, onde temos uma visão abrangente dos processos, imagine então em outras empresas.

Estão postas as questões; primeiro, desejamos ter integração com processos remotos em outras empresas, mas não podemos ficar dependentes de processos externos. Outra questão é que temos sistemas desenvolvidos em períodos diferentes, e que não podem ser substituídos (nem desejamos que sejam). Em pouco tempo, estes processos locais passam a ter características e formas de integração diferente.

Se concordamos com as questões acima então fica claro que precisamos utilizar alguma ferramenta para coordenar o "meio de campo" de nossos processos, uma ferramenta que orquestre os processos, tanto os internos, quanto os remotos, e que, se possível, tenha uma interface de fácil compreensão para que os analistas de negocio das empresas possam analisar o fluxo de informações desses processos. Para isto existem as ferramentas de EAI (Enterprise Application Interchange, sendo o Biztalk da Microsoft é uma delas.

Se utilizarmos o BizTalk para orquestrar os Web Services de nossas corporações teremos dado um grande passo para uma integração controlada, podemos ter todo o fluxo de uma operação B2B (Business to Business) mapeado e controlado. Através do BizTalk Orchestration podemos visualizar graficamente todo processo no Visio (ferramenta integrada ao BizTalk) e as alterações podem ser realizadas na interface gráfica.

Esta união do BizTalk com os Web Services, necessária para que possamos utilizar o melhor das duas soluções, conseguimos com isso uma total independência de plataforma, como não ficamos dependentes do COM, passamos a integrar processos remotos sem termos de utilizar o DCOM (que, na maior parte das vezes é barrado pelo Fire Wall).

Com a orquestração de Web Services utilizando as facilidades BizTalk Orchestration, gerenciamos os processos de negocio de longo curso, que pela imprevisibilidade dos seus tempos de resposta devem obrigatoriamente trabalhar desconectados. Para que possamos ter transações com estes elementos, devemos prover tratamentos de exceções e processos complementares, uma vez que o Two Phase Commit é inviável. O BizTalk Orchestration prevê este tipo de transação, e simplifica estas operações.

Se pensarmos em interações com processos remotos onde encontraremos transações complexas que necessitem alta disponibilidade e escalabilidade, deveremos utilizar a orquestração de Web Services, e assim passarmos operar nossos negócios entre empresas de forma realista e segura. Para construir sistemas dinâmicos, transacionais, com tolerância à falha com pleno acesso e integração com as aplicações e sistemas pré-existentes, temos de contar com suporte de uma ferramenta criada para este fim.

Marcio Boaro

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·Orquestração de Web Services

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